“J’ai mal à tes dents”
(Mme. de Sévigné, Lettres à sa fille)
Doem-me os teus dentes,
quando eles te doem.
Dói-me a tua ferida,
quando ela te magoa.
Dói-me a tua dor,
na angustura, separada,
do destino.
Doem-me os teus olhos,
absurdamente belos,
se eles choram.
Dóis-me tu, com dor
partida.
(Mas tu dóis-me
e não me dóis...)
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