acaricia-me o sol
na horta
e acaricias-me tu,
ajoelho-me
entre as plantas
a trabalhar
e ali estás tu,
respiro-lhe o recendo
e no meu peito
entras tu,
toco a pele dos frutos
maduros
e é a tua pele,
baixo-me à terra,
apalpo nela,
ressuma, molhada,
e toco-te ali, no íntimo,
colho flores, que nunca
te darei, olhas-me
desde as sebes,
e esvaeces-te:
sei que nunca
te beijarei
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